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Desafios e oportunidades do mercado de Embalagens Plásticas Flexíveis – DESTAQUES DO CONINFLEX 2024

A grande e rápida evolução das embalagens plásticas flexíveis como grande diferencial

Palestrante: Rogério Mani, Presidente da ABIEF* e Diretor da Epema

Rogério Mani, em sua palestra de abertura do CONINFLEX, apresentou números do mercado de embalagens plásticas flexíveis, falou dos seus desafios, oportunidades e atributos na atualidade. Falou sobre a grande e rápida evolução das embalagens plásticas flexíveis como um grande diferencial e atributo, pois estão presentes em todos os segmentos, em maior parte no de alimentos e bebidas.

Mani destacou outros atributos cada vez mais importantes das embalagens plásticas: garantir que os alimentos cheguem perfeitos à casa das pessoas e evitar que estraguem e o desperdício, além de acompanhar a democratização dos produtos pela rapidez que a embalagem flexível responde e se adapta às mudanças e demandas do mercado. “Assim, uma das grandes oportunidades está em garantir alimentos perfeitos para as pessoas”, disse o empresário.

Mas os desafios do setor são grandes: a sustentabilidade, é preciso trazer a circularidade e inovação atrelada a investimentos, principalmente em novas tecnologias. Ressaltou que as embalagens plásticas são de extrema importância: “É o insumo mais importante do Planeta, sem as embalagens plásticas não tem produto, portanto, precisamos valorizá-las, educar as pessoas para não descartá-las nas ruas, nas praias. O futuro é flexível e também é o plástico. Teria que surgir outro material que substitua o plástico, mas por enquanto não tem”.

Sobre as perspectivas para 2024, Mani destacou que devem seguir em ritmo positivo de consumo, impactadas pela melhoria dos empregos e aumento de consumo dos produtos da cesta básica, e ainda pela possível redução das taxas de juros e inflação controlada.

Mercado atual, perspectivas e tendências do mercado de plásticos flexíveis no Brasil

Palestrante: Marta Loss Drummond, Sócia-Diretora da Maxiquim W4Chem*

A palestrante Marta Loss deu uma visão geral sobre o mercado atual das matérias-primas das embalagens flexíveis plásticas, as poliolefinas (polietileno e polipropileno): exportação caiu e importação cresceu em 2023 comparado a 2022. E o mercado de embalagens flexíveis no Brasil produziu 2.167 mil toneladas em 2023, com esta distribuição: PEAD (9%), PP (16%) e PEBD & PEBDL (75%), segundo pesquisa da Maxiquim encomendada pela ABIEF.

Entre os principais indicadores de Embalagens Flexíveis, o faturamento teve um “boom” em 2021 e 2020 com a pandemia (funcionaram os produtos necessários). O mercado de reciclados já está sendo incorporado no banco de dados da Maxiquim, e o número de produção foi bem crescente, tendo como base ainda 2023 com 2022. Total de transformados cresceu em 2020 por conta da pandemia. Depois disso, desacelerou e ainda não retomou os níveis pré-pandemia. No mesmo período, flexíveis cresceram quase o triplo. Nos segmentos que demandam Embalagens Flexíveis, alimento é o principal usuário.

O consumo per capta (kg/hab/ano) de Embalagens Flexíveis no Brasil indica ainda muito campo/potencial para crescer. Se compararmos com estes países da região, o consumo per capta em 2022 foi de: Brasil (10,4), Chile (15,4) Argentina (15,0), Peru (9,8), Colômbia (9,4).

Loss apresentou também as perspectivas e tendências das poliolefinas: Vendas internas tendem a aumentar e importações crescem 42% – só tem um fornecedor no Brasil. E o mercado está buscando alternativas, não tem previsão de crescimento de capacidade interna no Brasil. Também se vê uma tentativa de legislação para aumentar a taxa de importações. “Para Embalagens Flexíveis, as perspectivas são de crescimento nos próximos anos. Este ano não começou bem com crescimento. A planta Braskem no sul foi bastante afetada pelas enchentes (RS responde por 70% dos alimentos e embalagens flexíveis) A tragédia vai impactar no setor. Alguns produtores de PP ficam no RS”, concluiu a palestrante.

(*) ABIEF é a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis. Fundada em 1977, tem como objetivo principal defender os interesses da indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis e trabalhar para fomentar o mercado nacional, alavancar exportações, criar programas de incentivo à educação ambiental e à reciclagem.

(*) A Maxiquim W4Chem presta serviços digitais de informações de mercado relativas à indústria química, petroquímica e de plásticos na América do Sul.

Lúcia de Paula

Jornalista, repórter e editora, e produtora de conteúdos em projetos especiais.

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