Embalagens Flexíveis

Pré-impressão flexográfica alcança o mais alto nível – DESTAQUES DO CONINFLEX 2024

Sustentabilidade Extrema: clichês base água avançam para o próximo nível

Palestrante: Mauro Freitas, Sales Manager – Photo-Functional Materials na TOYOBO MC Corporation*

Mauro Freitas falou sobre a importância da pré-impressão flexográfica como base para redução da emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa), na manufatura de embalagens flexíveis e labels, e sobre o compromisso estabelecido pela Toyobo, desde a ocasião do Kyoto Protocol (1997) e outras agendas globais como os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o ND-Índice de Vulnerabilidade de um País às Alterações Climáticas, em reduzir as emissões de GEE em toda a cadeia de valor da companhia.

Diante disso e alinhado com diversos ODSs, Protocolo GHG e a ISO 14064, a Toyobo desenvolveu o seu programa Net Zero que estabelece alcançar a emissão Zero de GEE até 2050. E dentro desse programa está a Cosmolight que é a primeira chapa flexográfica no mundo, gravada e revelada com água, eliminando a necessidade de solventes tóxicos e que também é compatível com tintas base água, base solvente e UV.

Freitas destacou os principais ganhos logísticos das chapas base água Cosmolight da Toyobo em comparação às chapas base solvente: “A redução do tempo de processamento é significativa: enquanto toda a produção da Cosmolight leva 42 minutos, a da chapa base solvente leva 2h30; a secagem da Cosmolight fica pronta em 10 minutos, enquanto a chapa base solvente leva 90 minutos para secar. O ROI (Retorno sobre o Investimento) com a eliminação/redução de solvente virgem (consumo referente 10L de solvente/m2 processado) é de 50% menos no gasto com solvente. Já o ROI com o solvente recuperado é de 60% menos. Outro ganho é no processamento, que pode ser feito com água de re-uso, e na redução dos custos associados ao descarte de resíduos”.

Tecnicamente, como explicou Freitas, a Cosmolight alcança alta resolução que permite impressão de até 200LPC; apresenta eficiência na impressora sem nenhum empecilho, garante alta qualidade e reduz a necessidade de reimpressões e desperdício de material; melhor acabamento superficial, melhor transferência da tinta e cobertura, controle do alastramento de tinta, homogeneidade e inibição de formação de pontes entre pontos. Freitas acrescentou que as chapas Cosmolight representam menos risco químico, menos salubridade dentro da fábrica/clicheria e na vizinhança, e por terem excelente resistência a diferentes tipos de tintas, facilitam o armazenamento e transporte. Ao final de sua palestra, Freitas anunciou a parceria entre a Toyobo MC e a Fotograv.

(*) A Toyobo MC Corporation é uma joint venture entre a Toyobo e a Mitsubishi Corporation, focada no desenvolvimento de materiais funcionais de alto valor agregado. A empresa se dedica a criar soluções para desafios globais por meio de materiais de alta performance, como plásticos de engenharia, materiais foto-funcionais, produtos químicos finos e soluções ambientais.

Tecnologias avançadas da pré-impressão flexográfica

Palestrantes da Fotograv*: Fidel Fernandez, Diretor Executivo, e Anderson Nunes, Técnico Comercial

Fidel Fernandez destacou primeiramente que a Fotograv é a clicheria flexográfica com mais tempo em atividade no Brasil, fundada em 1968, é referência em tecnologia e processos inovadores: em 2018 desenvolveu a primeira retícula de alta resolução que permitiu a impressão em 100lpc, e no ano seguinte, desenvolveu a primeira ferramenta de customização de retículas (TMS flexo). Relembrou a evolução dos clichês: “Há alguns anos, se imprimia com 30 linhas, hoje, são 60 a 70 linhas, chegando a 100lpc com retículas avançadas”.

Anderson apresentou uma linha do tempo com as grandes evoluções das chapas de fotopolímeros desde 1980, quando todo o processo de produção das mesmas era analógico, com trabalhos simples e chegava-se no máximo a 36LPC. Dos 1990 aos anos 2000 chegavam os equipamentos digitais como os CtPs; nos anos 2010 foram os pontos digitais Flat Top Dot; 2020 o mercado já trabalha com as retículas avançadas, trabalhos de alta definições, gama expandida, 80 a 100lpc; e 2024 é a vez da atualização de softwares e processo: automatização no tratamento de imagens, expositoras em LED, maior transferência de tinta e as chapas base água Cosmolight da Toyobo MC Corporation.

Em tecnologias avançadas, a Fotograv desenvolveu e oferece atualmente ao mercado o sistema TMS (Tailor Made Screens), que entrega retículas customizadas para o convertedor com as quais ele alcança impressões em altas definições, com desenvolvimento, suporte e certificação da Fotograv. Outra tecnologia é o FG Color – Full Gamut Printing, um sistema de gerenciamento de cores em gama expandida, de fácil implementação, maior assertividade e redução de setup, também com desenvolvimento, suporte e certificação pela Fotograv.

“A grande novidade do mercado hoje é a chapa base água Cosmolight que a Fotograv começará a produzir em breve, por meio de parceria com a fabricante japonesa Toyobo MC Corporation”, destacou Anderson.

(*) A Fotograv é uma empresa brasileira fundada em 1968, especializada em pré-midia, pré-impressão e gravação de chapas para flexografia e dry-offset, com sede na capital paulista.

Lúcia de Paula

Jornalista, repórter e editora, e produtora de conteúdos em projetos especiais.

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