Braskem desenvolve tecnologia inovadora para reciclagem avançada
Solução também visa combater as mudanças climáticas, permitindo a redução das emissões de CO2e* em comparação com as tecnologias tradicionais e já existentes de reciclagem avançada
A fim de reforçar seu compromisso global com o desenvolvimento sustentável, em especial suas metas para eliminação dos resíduos plásticos e combate às mudanças climáticas, a Braskem S.A., líder de mercado e pioneira na produção de biopolímeros em escala industrial, anuncia que está desenvolvendo uma tecnologia inovadora e de última geração para a reciclagem de resíduos plásticos. O processo, que utiliza um catalisador exclusivo e incorpora o gerenciamento eficiente de calor, reduz a necessidade de fontes de energia externas. O resultado é uma redução significativa das emissões de CO2e em comparação com as tecnologias tradicionais e já existentes de reciclagem avançada.
“O lançamento será global, conforme as oportunidades surgirem. Queremos desenvolver uma nova forma de impulsionar a reciclagem avançada, processo que transforma resíduos plásticos em químicos básicos, como propeno e etileno, utilizados para a fabricação de novos produtos plásticos ou químicos provenientes do processo circular, reduzindo assim os resíduos plásticos e a necessidade de combustíveis fósseis no mundo”, explica.
Jan Kalfus, gerente global de Catálise de Bioprocessos e Circularidade da Braskem
O projeto demonstrou alto rendimento para o desenvolvimento de químicos intermediários – como aromáticos e monômeros -, que podem ser utilizados para produzir plásticos, contribuindo para o processo circular. “Hoje, a tecnologia está sendo desenvolvida e estamos aumentando a escala do nosso reator, que fornecerá dados importantes em apoio à nossa futura expansão. O projeto piloto está previsto para 2025, e a tecnologia deve estar disponível em escala até 2030”, afirma Kalfus.
Na nova tecnologia da Braskem, o catalisador atua como uma tesoura, que quebra o resíduo plástico em químicos básicos, que então são utilizados para produzir os plásticos presentes em diversos itens do nosso dia a dia. Esses químicos básicos, também conhecidos como monômeros, podem ser usados diretamente nas indústrias para a produção de novos plásticos a partir de materiais reciclados. O produto resultante desse processo é equivalente ao plástico convencional, de origem fóssil, e totalmente reciclável.
“Por enquanto, os principais benefícios dessa nova tecnologia são a capacidade de produzir plástico proveniente do processo circular de maneira eficiente e reduzir as emissões de CO2e devido a baixos requisitos de energia. A longo prazo, ela pode vir a substituir técnicas atualmente usadas na indústria para a produção de plástico, oferecendo um futuro circular para a próxima geração de profissionais e a sociedade”, conclui.
Rumo às metas
Ações como essa fazem parte dos esforços da Braskem pela eliminação dos resíduos plásticos. A companhia pretende ampliar seu portfólio de produtos, incluindo, até 2025, 300 mil toneladas de resinas termoplásticas e produtos químicos com conteúdo reciclado e, até 2030, 1 milhão de toneladas desses produtos. Ainda para 2030, planeja eliminar a destinação de 1,5 milhão de toneladas de resíduos plásticos para incineração ou aterros ou seu descarte no meio ambiente. No combate às mudanças climáticas, as metas são reduzir em 15% as emissões diretas de gases de efeito estufa até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2050.
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*CO2e = O dióxido de carbono equivalente (CO2e) é uma medida internacional que tem como finalidade estabelecer a equivalência entre todos os gases com efeito de estufa (GEE) e o dióxido de carbono (CO2). Isto quer dizer que, em teoria, os demais GEEs são convertidos em CO2 para ser mais fácil analisar os impactos dessas emissões para o aquecimento global.