PLASTIWEBER, na PRS: “O mercado Europeu aborda o PCR de uma forma diferente do Brasil”

Após participação na Plastics Recycling Show 2025, em Amsterdã, o head de novos negócios da Plastiweber compartilha suas impressões
Depois de marcar presença na feira Plástico Brasil, a Plastiweber, uma das maiores recicladoras de plástico flexível do Brasil, levou a inovação brasileira e gaúcha para o mercado europeu. A empresa participou nesta semana da Plastics Recycling Show Europe 2025, em Amsterdã, onde apresentou suas resinas produzidas com plástico 100% reciclado pós-consumo (PCR). Na visão de Lucas Pellenz, Head de Novos Negócios da Plastiweber, que esteve no evento, existe uma diferença na dinâmica do mercado de PCR quando comparamos ao Brasil:
– É notável observar como o mercado europeu aborda o PCR de uma forma diferente da nossa no Brasil. No Brasil, lidamos com o PCR, mas ele não recebe o mesmo nível de valorização que observamos na Europa. Essa valorização é muito significativa.
Uma das principais distinções percebidas está na aplicação e na valorização do material. Enquanto na Europa é comum encontrar aplicações que incorporam cerca de 30% de conteúdo reciclado, muitas vezes em produtos de menor complexidade técnica, empresas brasileiras como a Plastiweber já trabalham com índices superiores, chegando a 60% ou até 100% de PCR em produtos de maior valor agregado, como embalagens primárias e filmes técnicos.
O executivo também observou que, embora haja um avanço tecnológico notável no mercado europeu, com soluções que ainda não chegaram ao Brasil, existe um reconhecimento claro do potencial das soluções desenvolvidas por aqui. A Plastiweber, por exemplo, apresentou na feira suas resinas 100% PCR, incluindo a inovadora linha Blue Ocean (feita a partir de resíduos plásticos coletados no litoral brasileiro) e grades de PEBD e PELBD com propriedades mecânicas comparáveis às resinas virgens. Essa capacidade técnica de transformar resíduos em produtos de alta performance para aplicações exigentes demonstra um diferencial brasileiro:
Percebemos que o mercado europeu está tecnologicamente mais avançado em certos aspectos, mas também que há um espaço significativo para as empresas brasileiras aqui. Nós estamos buscando ativamente essa inserção e explorando as oportunidades, com o objetivo de demonstrar que as empresas brasileiras, de fato, têm soluções valiosas a oferecer para este mercado – avalia Pellenz.
Ele acredita que a expertise brasileira em upcycling pode atender a demandas específicas do mercado europeu por qualidade, consistência e escala em resinas recicladas.
Sobre a Plastiweber
Sediada em Feliz, no Rio Grande do Sul, a Plastiweber atua, há 27 anos, para que o plástico retorne à cadeia produtiva e origine novos produtos, entregando ao mercado embalagens certificadas feitas com até 100% de plástico reciclado pós consumo, com ciclo comprovado através da plataforma Recircula. Atualmente, a empresa trabalha com diferentes setores da indústria, atendendo aos segmentos moveleiro, de alimentos e bebidas, e limpeza e higiene, entre outros. Certificada por selos como RecyClass, SMETA e Senaplas, a Plastiweber é reconhecida com prêmios nacionais e internacionais pela qualidade da resina reciclada produzida e pelos bem-sucedidos projetos socioambientais mantidos pela empresa.